domingo, julho 01, 2007

sortuda !

O protótipo de um começar a semana com o pé direito:

DOMINGO:
Pés para dentro do carro já a manhã se avizinha.
Estavam cheios de energia. Queriam correr Lisboa; ver o Tejo; rodar na Praça de Sta. Catarina; descer ao metro; subir ao Cristo-Rei; criar raízes na secção de livros da Fnac; afugentar pombas em Sta. Apolónia;…
No fim de tudo, queriam calos de felicidade vivida.


SEGUNDA:
Acordo com pulos do pequeno terror que me avisa o quão está deprimido o meu filho Nenuco.
“Oh Nês, põe a mantinha nele, põe.”
E, enquanto trocava de casaquinho e me pedia para lhe calçar o pequeno sapatinho, tive que partilhar a manta e o conforto do colchão armado na sala, com o meu filhote de plástico.
Foi para a escolinha, morder os braços do “Matim” que às vezes é o “namoado qui dá vijinho na voca”.
(tem 2 anos, o “trastezinho”)

A Bia ficou.
Comemos cereais.
O Pai foi buscar o almoço e a minha ginasta de alta competição fugiu ao peixe cozido das Segundas por uma calórica lazanha com muito queijo e molho de tomate.
Ficou no treino.
De táxi até à Fnac.
O Ipod; “A Agonia do Planeta”; “Bjork – Volta”; gravador para as conferências da Mãe vêm e a minha máquina fotográfica, dependência cheia de prazer e nula no saber, ficou para conserto.
30 DIAS!

Sandes de queijo e Rolling Stones!
"I can get some" SATISFACTION!



Metro. Casa. Os bonecos, as bolas; as coloridas cozinhas de plástico e a Carolina já dormem um soninho.
Conversas de primas crescidas.


TERÇA:
Cedinho já não tenho manta.
“Nês Nês, vamos jogar à bola!”
Esfrego os olhos e sorrio mesmo que a maior vontade seja dormir, todo aquele carinho deixa-me feliz.
Jogámos.
Conversámos.
E, lá foi ela, outra vez para a escolinha, rumo aos braços do “Matim”.
Lá fiquei eu.
A Bia foi almoçar à escola.
Tinha treinos para a distrital (ou nacional) e nós tínhamos “O Corpo Humano” à nossa espera.
Sensacional! Valendo muito mais que a longa caminhada.

http://www.ocorpohumano.net/


Ah… vi o Zé. Aquele que sendo “Alguém” apenas, consegue sê-lo de uma forma tão simpática.
O sorriso do Zé no meio da multidão do metro.

Antes de partir, ainda fomos ao Colombo.
Um livro pedido e não encontrado e a minha dor de cabeça nos últimos dias pelo acompanhamento musical executado – um leitor mp4 para a minha irmã.

Comboio – Aveiro.

Calos de felicidade vivida conseguidos.

contudo, sem nada.

Cansada de sonhar...

Contudo, insisto no vazio colorido do sonho tantas vezes experimentado, retocado...

…tao poucas REALIZADO. <3