quinta-feira, dezembro 28, 2006

a simplicidade das coisas bonitas


Let us go, then , you and I
When the evening is spread
Out against the sky.
T.S. Eliot
(foto capturada no passeio de família, no doce dia de Natal)

domingo, dezembro 24, 2006

Bom Natal,PEJistas=)


“Neste infinito fim que nos alcançou
Guardo uma lágrima vinda do fundo,
Guardo um sorriso virado para o Mundo,
Guardo um sonho que nunca chegou…”
Toranja



Num contexto certamente distinto, num tom intermitente e descoordenado, canto as melódicas palavras do Tiago Bettencourt…
Sim, a voz treme se penso no que ficou por fazer; nas palavras, nos gestos que se perderam na circunstância…
E fico, assim, errante num denso grito inaudível de saudade…
Se só o carinho alimentasse o coração, estaria em paz, ornamentando a minha árvore, olhando a geada na estrada, e o meu sorriso seria suficiente para fazer todas as estrelas cadentes brilhar.
Mas a vossa presença é uma constante ausência e a falta do não realizado encontro em Abrantes, é maior do que imensa abrangência do meu sonho…
Por tudo isto, pelo Burrito da Fiona, pelo incansável Chico, pelo “speedy-zé”, pelo Pinipon, pela completa Jana, pelo meu Pequenino, pela Moni e companheiros fofinhos, pelo Ricardo, pela MINHA chair e pelos seus delegados nada barulhentos, pela Clara (que é um amor!), pelo padrinho Litos, pela Rute, pelo Sr. Presidente e pela sua encantadora vice, Isabel (uma preciosa presença nas terríveis noites de trabalho), pelos meus esplêndidos companheiros de trabalho, pela imensa família Coiso, pela nação quarto 12, pelo nosso simpático Miguel, pela sorridente Di, pela Milu, pelo Jaime “rouxinol”, pelo mágico Bruno, pelo “baixote” do Marco, pelo Mário, pelo Avelino, pelo Cachucho, pelo Leco, pela Marta, pela Fernanda, pela voz que sempre me faz chorar, Dra. Armanda, pela Dra. Adosinda, pela Ni, pelos divertidos meninos e meninas de Padrão, pelo Guedes e o seu clã adorado, pelos meus comportadinhos vizinhos de quarto (rapazes do Funchal) que deviam ver menos porrada na TV e respectivas, pela atinadinha delegação de Tomar, pelo rapaz dos filipinos e respectiva delegação, pela simpatia de Santana, pela poncha, pelos gorros, pela manta partilhada, pelas loucas gafes, pelo delicioso pequeno almoço que ajudei a preparar, pelas plantas, (até) pelas minhas companheiras de quarto romenas, e por todo o mais que não menos importante é que hoje digo…

“All I want for Christmas is YOU”
Saudações PEJistas, um doce natal e que 2007 seja o ano de muitos (re)encontros **

terça-feira, dezembro 19, 2006

...

digno de destaque

Clamor (Al Berto)

tudo vem ao chamamento
noite após noite o que dissemos e
o que nunca diremos - a viagem
com uma giesta de algodão presa nos cabelos e
a sensação fresca de um sulco de aves na pele

tudo vem ao chamamento- os lobos
os anões as fadas as putas as bichas e
a redenção dos maus momentos - enquanto te barbeias

vês no espelho o homem
cuja solidão atravessou quase cinco décadas e
está agora ali a olhar-te - queixando-se da tosse
da dor de dentes e do golpe que a lâmina fez
num deslize perto da asa do nariz

não sei quem é - sei porém que vai afogar-se
naquela superfície clara quando dela se afastar e
abrir a porta para sair de casa murmurando: tudo
vem ao chamamento
por dentro do clamor da noite.


(o poema que faz capa no meu bloco de notas)

vem...vem.


Vem…
Vem deitar-te a meu lado…
Vem de levezinho dizer-me ao ouvido: “Dorme, meu bem. Dorme descansada que eu guardarei o teu suspiro e estarei aqui, para receber o teu bocejo, ao amanhecer.”…
Vem com um beijo quente direccionado à minha testa e promete-me que o amanhã será nosso…
Vem. Só isso me basta.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Carta ao Pai Natal (esperando que este visite o blog)


Querido Pai Natal:
Sei que deves estranhar o “desenquadramento etário” da minha carta.
Sim, tenho 17 anos mas não quero deixar de sonhar!
No meu imaginário, és a Maya a quem devo acudir.
(por não professar qualquer tipo de “religião” (excepto a fé nos meus “anjinhos da guarda” ) e porque, afinal, é Natal!)

Retomando a carta…
Querido Pai Natal das causas perdidas mas não descuidadas:
Sou quem sou e não quem devia ser.
Sou pequenina… (por mais que a minha “pequenez” me faça perder quem gosto (MUITO), não consigo deixar de sê-lo…)
Sou o projecto inacabado. A desilusão constante. (Pergunto-me por que motivo Deus me ensinou a voar, se não me deu asas para o fazer?! Mais difícil de responder que o enigma “ovo-galinha”!)

Mas, como toda a carta tem o seu motivo, passo a explicar o que me faz recorrer a ti…
Este Natal, queria que pedisses à Sininho ou à Fada Madrinha da Cinderela para sobre mim lançarem uns quantos pozinhos mágicos que me fizessem:
1- conseguir estar sozinha sem “chorar”
2- não fazer exactamente o inverso do que dita o meu coração, ou seja, quero deixar de ter medo de me perder na sinceridade da reacção espontânea.
Bem, por hoje é só…
Se me lembrar de mais alguma carinhosa exigência de quem quase vai desesperando, envio um P.S. com indicação “URGENTE”.
Até lá, vou cuidando dos meus “barriguitas”, do meu Simba e da minha borboleta (os dois últimos companheiros de todas as noites) e vou fazendo colinho na minha irmã, sempre que esta der uma de penetra no meu vale de lençóis só porque está frio à noite*
Um beijinho nessas bochechas tão rechonchudas*

(A Maria manda também beijinhos e diz que cuida do Chuck. (deve querer uma prendita melhor este ano! Olhe que a minha Ding-Ding merece, Sr. Pai Natal!))

aos meus pequeninos... gosto de ser em vós


“ A corrente dos rios para o mar não é tão forte como a do Homem para o erro.”
Voltaire
Ontem adormeci a pensar que escreveria sobre vós…
E hoje sento-me aqui, no final de um dia enevoado em que tropecei na minha pequenez e machuquei sonhos grandes, a escrever para vós...
Vejo, na transparência da vossa lágrima cruzada, um sentimento desmedido, que de tão elevada intensidade se torna difícil de segurar a uma só mão.
Entrelacem-nas! Caminhem em conjunto, nessa prova de equilíbrio a que o amor nos submete…
Deixem que o vosso olhar se perca num beijo só.
Mergulhem no suor da paixão que vos atormenta.
Sejam o que sentem. Sem medo.
(O amor não magoa. O nosso medo, sim...)
Completem esse sonho a dois, em que a unidade é a substancia…
É tão bonito sentir-vos bem… ver que a alma de um encontra conforto no sorriso do outro.
Cantem este sentimento ao ouvido, porque eu sei, meus anjinhos, ser este o vosso alimento:
“Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve p'ra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar”
Mafalda Veiga

Um beijinho, partes essenciais de mim…
(desculpa se usei a nossa canção*)

domingo, dezembro 10, 2006

A quebra do silêncio...


"Há tantas coisas que nunca te disse - e dizias tu que eu falava demais.”

Dar voz ao que ecoa em mim… ao silêncio denso que me corrói, me atormenta e que, também, se deixa amanhecer num sorriso, numa palavra amiga…
Pintar-me em palavras… pintar-nos em palavras…
(perdoe-me o Grande Pessoa, mas o histerismo nas mulheres pode ser convertido em palavreado…. (por vezes deplorável mas.. ))
E assim nasceu, a quebra do silêncio.
Como uma criança que vem ao mundo, assim veio o meu blog…



(Ao (quase) principal responsável:
Que a consciência te pese…
Mesmo ainda achando que a minha inspiração não é continua nem nutrida o suficiente (como sempre to tenho vindo a alegar), aqui tens o germinar de um feto, que quer ser também teu, por parte da tua “irmã” que, mais do que nunca, precisa sentir e fazer-se sentir em conjunto…
Saudade.)