Estagnei.
O vento não se sentia na pele, mas num interior que desconhecia. Era oco e o eco nele abanava o Mundo, numa miscelânea de medos agudos.
Quem era a “borboleta” deste efeito?
A voz doce penetrou-me tão fundo, tão para lá do que quero do Mundo.
A mística sensual, sapiente do poeta apaixonado faz de mim fumo, leve e cinzento, em rodopios tontos.
A barba forte, a veia dilatada, a simplicidade do quarto, os livros, os lençóis amarrotados, a vida entre quatro paredes.
Esquartejou em algumas frases o meu presente. Tornou o meu singular, nosso plural em voz a solo.
Pingavam lágrimas azedas no interior, mas, subitamente, tive vontade de sorrir.
Oito da noite. O ipod voltava a soletrar a mesma vida. A noite cantava com ele. Palavras e momentos desconexos. Constantes e convictas negações.
E tudo isso, tudo isso que a noite me sussurra, é entre mim e o teu imaginário…
O vento não se sentia na pele, mas num interior que desconhecia. Era oco e o eco nele abanava o Mundo, numa miscelânea de medos agudos.
Quem era a “borboleta” deste efeito?
A voz doce penetrou-me tão fundo, tão para lá do que quero do Mundo.
A mística sensual, sapiente do poeta apaixonado faz de mim fumo, leve e cinzento, em rodopios tontos.
A barba forte, a veia dilatada, a simplicidade do quarto, os livros, os lençóis amarrotados, a vida entre quatro paredes.
Esquartejou em algumas frases o meu presente. Tornou o meu singular, nosso plural em voz a solo.
Pingavam lágrimas azedas no interior, mas, subitamente, tive vontade de sorrir.
Oito da noite. O ipod voltava a soletrar a mesma vida. A noite cantava com ele. Palavras e momentos desconexos. Constantes e convictas negações.
E tudo isso, tudo isso que a noite me sussurra, é entre mim e o teu imaginário…
O Jogo
“Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer
Sou eu quem não quer ver que o tudo é tão maior
Aqui está frio demais para apostar em mim.
Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer
Mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir... mas queres
ficar?
Queres levar
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou!
Vem que a água vai lavar o que me dói!
Vem que nem o último a cair vai perder.”
P.S- Não fosse o poeta mais do que dono da razão, mas da acção em si…
Vem que nem o último a cair vai perder.”
P.S- Não fosse o poeta mais do que dono da razão, mas da acção em si…
3 comentários:
Valeu a pena a espera...
Se uma vez te disse que tu tens uma capacidade de demonstrar os teus sentimentos e emoções de uma maneira que eu apenas posso aspirar em sonhos, agora só tenho mesmo que reafirmar o que disse.
É fantástico conseguir perceber (quase tudo)o que estás a sentir apenas ao ler o que tu escreves, e acho que maior elogio não te posso fazer.
E não menos fantástica é a capacidade de certos artistas nos mudarem o estado de espirito apenas usando aquilo que eles fazem de melhor: música.
"A barba forte, a veia dilatada, a simplicidade do quarto, os livros, os lençóis amarrotados, a vida entre quatro paredes.
Esquartejou em algumas frases o meu presente. Tornou o meu singular, nosso plural em voz a solo."
Fantástico
"Quem era a “borboleta” deste efeito?"
Adorei esta parte. Muito bem conseguido o trocadilho.
Agora é só preciso pedir para manteres a regularidade, pois sei que a qualidade irá estar sempre presente.
Beijinho
o post está fant+astico!
parabéns pelo blog ^^ *
tiaguinho...
e pronto, está tudo dito.
já tinha saudades de ler um post assim, escrito com a alma.
obrigada...por tudo e mais alguma coisa*
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